quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

O Tratado põe a Europa de cócoras perante os EUA

O Tratado de Lisboa consegue a proeza de definir como único compromisso de aumento das despesas por parte dos Estados-Membros – não para o emprego, não para os serviços públicos, não para a saúde ou a educação, não para a cooperação para a paz e desenvolvimento – o que se refere à s despesas militares: «os Estados membros comprometem-se a melhorar progressivamente as suas capacidades militares». Mas a defesa da Europa, que tem sido apontada como impondo a necessidade, maior que em qualquer área, de haver uma política comum, é afinal definida em função dos interesses da NATO, logo dos EUA, através dos países que, uma minoria entre os 27, pertencem à NATO. Os outros ou aderem à NATO ou ficam sem defesa comum.

Assim estipula o artigo 42º do Tratado no seu número 6. Ora vejamos e indignemo-nos, se acharmos que é a única coisa que nos resta: «Os Estados-Membros cujas capacidades militares preencham critérios mais elevados e com compromissos mais vinculativos (…) tendo em vista a realização das missões mais xigentes, estabelecem uma cooperação estruturada permanente no quadro da União. E no seu número 7:«(…) A cooperação neste domínio respeita os compromissos assumidos no quadro da OTAN, que, para os Estados que são membros desta organização, continua a ser o fundamento da sua defesa colectiva e a instância apropriada para a concretizar»

Em termos de União Europeia isto só pode ter uma classificação: uma vergonha, uma total subordinação e capitulação perante os senhores da guerra infinita dos EUA.

Também por isso querem impedir os cidadãos europeus de se pronunciarem em referendo sobre o sim ou não à ratificação do Tratado.

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